quarta-feira, 26 de agosto de 2009

FESTIVAL - DE 20 A 23 DE AGOSTO

Vamos então a tudo o que rolou (ou o que for possível lembrar - de tudo)

Dia 20, todos já estavam excitados com a jam que rolou no Viex Logis, inclusive noticiada no jornal Le Courrier de l´Ouest, e direito à foto da Marcela Lobbo com a seguinte legenda: "Marcella Lobbo conquista um grande público com suas músicas populares brasileiras."
Um sucesso de público e crítica, como já era previsto no dia do vernissage para abertura do festival.

À noite, no primeiro dia oficial, foi instalado um super palco móvel na praça principal e um pequeno palco para shows intimistas entre a igreja da Abadia Real e o Café Lyon d´Or. O trio Alexandre, Macaco e Juliano abriu o evento - convidou Marcela Lobbo e integraram o formato 4 queijos, uma velha brincadeira do grupo em que os três convidam um quarto.

Entre as apresentações, ocorreu a mostra de vídeos, assistida por um grande público, na praça principal, com atenção multiplicada no vídeo documentário dos indígenas guarani de Ricardo Sá. Os poemas sonoros de Caê Guimarães e a mostra instalada na praça central e no hall da Abadia, foram visitados e extremamente apreciados por todos.

Jura que chegaria para a abertura, mas infelizmente teve outros compromissos, foi substituído pelo Solana, que já tinha dado uma pequena mostra durante o coquetel.

Delírio geral.

Quando o show acabava, a jam sempre era inevitável. Espaço para todos interagirem: capixabas com capixabas, celloises e capixabas, celloises com celloises. O show não acabava até o último suspiro. Palmas para todos.

Dia 21, Marcela atacou de DJ no palco ao lado do café. Muitas pessoas ouviram seu repertório, misturando lounge e música popular brasileira, numa musicalidade heterogênea, pra ninguém botar defeito, muito contrário... seduziu a todos sentados confortavelmente na área externa do café, regados a uma cerva gelada merecida no verão francês e a um bom rouge. Só pra aquecer.

A montagem pesada começou na Abadia logo cedo com o trabalho primoroso da Reves Marines do querido Joel e seu incansável filho. O cenário é de tirar o fôlego, já que estamos falando de paredes erguidas a partir do século XI - filme medieval. A área dos shows é o claustro da Abadia, onde os monges meditavam... isso claro, bem antes dos capixabas chegarem!

Passagem de som, luz, vídeo e cenário durante todo o dia, com o bom humor inacreditável da galera, depois de muitas horas de música, dança e de rouge. A verdade é essa, todos dançaram muito na energia que rolou sem parar. A festa não parou e a cidade toda se envolveu.

O teatro, fez uma intervenção com Reginaldo Secundo dos Taruíras Mutantes invadindo o cenário, cantando um belo canto gregoriano, como parte da performance prevista, deixando o gostinho para a peça no outro dia. Uma invasão inusitada e muito aplaudida - como sempre! O respeito ao trabalho artístico e o reconhecimento a toda a manifestação é uma das coisas que temos muito que aprender por essas bandas daqui.

Os filmes em animação do Instituto Marlin Azul foram exibidos na sequência, sempre entremeados pelos belos poemas de Caê, com a base sonora feita especialmente para o projeto por Léo Grijó, com leitura de Aline Yasmin, Ricardo Sá e de Gilbert Chaudanne, quem os traduziu com a Jô Drummond. Um belo trabalho que em breve se transformará num projeto maior com a parceria da Rádio Espírito Santo, onde os áudios foram gravados.

A banda de Reggae Zambrocal, da região de Poitou Charentes, abriu o evento e já começou a colocar a galera pra dançar. Detalhe: o vocalista estava com uma camiseta escrito BRASIL, mais um exemplo da gentileza e do acolhimento do povo francês.

A banda Nativix levantou o povo e o show estava indo muito, muito bem, até o mixer ter problemas e o vocalista Fabricio achou melhor interromper o show. Uma pena. Mas o trabalho foi mostrado e apreciado por todos enquanto durou, inclusive por capixabas que ainda não conheciam o trabalho da dupla.

Na sequência, o In-versão Brasileira quebrou tudo e fez um show de arrasar. Sonoridade rica, técnico, conceitual e de alta qualidade artística. De cara, fecharam dois contratos e saíram de lá com um empresário residente na cidade de Niort. Um luxo. A galera saiu muito feliz com a primeira oportunidade no exterior e ainda com um super reconhecimento de todos - capixabas e poitevins. Sucesso! Santé! um brinde a essa galera que acreditou e se lançou com a cara e a coragem. Valeu Bossois (ou seria bon soir?) por ter levado fé. O final está só no começo. Pra quem não sabe, o mercado francês é um dos mais importantes do hip hop internacional.

A galera não se aguentou e vamos lá com mais uma super jam articulada por Macaco. Dessa vez, mostraram ainda o talento Myakawa, Marcinho e Reginaldo Secundo que fechou a jam com uma perfomance surpreendente de Terra Prometida. Todos enlouqueceram com sua performance no palco. Viva a energia brasileira!

22 de Agosto e estávamos no ápice do festival. A atriz Vanessa Karton tem um trabalho maravilhoso e pouco visto por aqui: ela percorre a cidade contando histórias reais de cada lugar por onde passa. A história da praça, da rua, da igreja, do parque... um trabalho lindo de reviver a memória e a ludicidade da cidade. Pena os brasileiros não poderem participar pois se trata de uma apresentação em francês, mas ela promete vir ao Brasil e estudar o português e as histórias locais para tentar reproduzir algo semelhante por aqui. Independente disto, já está sendo pensado um projeto em parceria com o grupo Taruíras Mutantes, para uma produção coletiva futura, franco brasileira.

Rogerinho Borges fez sua apresentação no palco intimista do Café acompanhado por vários artistas, dentre eles, Alex Lima, Waguinho, Macaco, Caio, Marcinho e Marcela Lobbo que deu uma super canja novamente. Encantou a todos com sua musicalidade e técnica da boa e velha música popular brasileira amada por todos.

Rogerinho também fez de lá vários flashs ao vivo, contando tudo para a Rádio Universitária e para a TVE e trocou figurinhas com a rádio local.

Alex Lima abriu os shows da Abadia e mostrou o quanto seu trabalho está maduro artisticamente, com pitadas de eletrônico e reggae, conseguiu mostrar um caldeirão efervescente do mais alto nível. Todos enlouqueceram com o show e com o artista que tem o privilégio de ouvir seus refrões repetidos pelos franceses que o adoram por aquelas bandas. Naturalmente.

Entremeados por filmes e poemas, na sequência, tivemos também a peça 1555. Brésil, un pays imaginaire. A peça escrita por Aline Yasmin e Caê Guimarães é uma versão histórica ficcionada sobre o francês Villegagnon e a Confederação dos Tamoyos no Rio de Janeiro, na tentativa de colonização conhecida por França Antártica. A peça impressionou a todos os franceses - já que a maioria desconhecia essa parte da própria história. Reginaldo começou a peça como Villegagnon e finalizou como o índio Aimberé, numa performance impactante, uma vez que ele foi aos poucos revelando essa transformação, com auxílio do vídeo arte com imagens de Gilbert Chaudanne -como o Villegagnon velho em memória. Olhares atentos e muitos aplausos.

O show do Solana causou frisson com a performance cênica e musical do grupo.
A abertura contou com a presença da francesa Cristiane, esposa do Hervé, que com a ajuda de Aline Yasmin e de muito rouge, traduziu um poema escrito em português em sua casa, por Juliano e o leu em francês para o público presente. Arte feita ao vivo e a todo o momento.

Juliano Gauche, com a impressionante postura de palco arrancou aplausos da plateia, assim como os belos acordes da guitarra perfeita de Rodolfo Simor, da batera madura de Bento Abreu e do baixo elegante de Murilo Abreu. Aplausos pra banda que mostra a cada dia seu preparo para enfrentar públicos exigentes.

Jo Brothier da Eurodisney e Bernard, gerente de cultura da importante cidade de Ville Urbaine (ao lado de Lyon), estavam presentes e se encantaram com o show. Belos frutos se esperam desse contato entusiasmado. Aguardem!

Ao final, mais uma jam, dessa vez com a voz de Myakawa e o desfecho da Marcela Lobbo – lobo mal. O teclado do francês Jeremi e o sax do Fifi mais uma vez integrados. Aplausos arrasadores. E a festa não pode parar.

"Amanhã, será apoteótico, dizia Antoine Violette, presidente do PATAKAPARA!" , seguido por SUPER! GENIAL! EXCELENTE!

O produtor Edu Louzada registrava tudo eufórico.

Dia 23, depois de noites quase não dormidas, a energia do último dia. Público consolidado, artistas integrados.

L´Orangé abriu os concertos no café. Um som instrumental super elegante, que acompanhou o final do dia, que lá vai até as 10 da noite no verão. Um som de altíssimo nível da galera que já tinha participado no ano passado.

Jura chegou e fez - um repertório pocket cover para agradar a todos os continentes - chegou acompanhado de amigos franceses que participaram do show. Leve e alto astral, pra começar a noite.

Vídeos, poesias sonoras, instalações no parque da Abadia da Monique Pineau - mais conhecida como Momô. Uma figura. Nada a descrever, a não ser uma grande história, lúdica, do que ela chamou de coletivo imaginário pelo viés do sanitário para falar das excremências dos homens, daquelas como diria Karl Marx, que são sólidas, mas se desmancham no ar... conceitual, amigos, e extremamente filosófico.

Gustavo Macaco e os Cavalos (Marcinho, Myakawa e Caio) abriram o final, melhor dizer o show da praça do nosso último dia. Repertório dançante, pop, romântico e leve, com pegadas de rock. Um lindo show, com a presença carismática de Macaco. Contou com a participação de Caê Guimarães e de Aline Yasmin, que leram respectivamente em português e francês o poema Armadura de Beijos de Caê. Très chic.

Na sequência, a jam colocou todo mundo pra dançar num clima de total integração e alegria.

Ao final, o lançamento do vídeo clipe, que fechou com chave de ouro a participação brasileira, uma produção coletiva com a direção de Bento Abreu, aplaudida por todos.

O DJ Cottron, com seus vinis mágicos, fez uma programação que percorreu dos anos 20 aos 80, numa seleção que deixou todo mundo com os pés fora do chão. O cansaço da maratona não foi suficiente para parar a galera. Festa na praça, com a presença da cidade e uma enorme saudade já estampada na cara de todos, contando os dias para o L´ESPIRITO POITOU 2010. Começamos agora a contagem regressiva ...

Todas (ou quase) as imagens foram captadas pelo super Henrique, nosso videomaker de plantão, incansável numa maratona de mais de 100 horas entre a chegada da galera e a partida sentida na praça da igreja. Olhos marejados e muitas, muitas histórias felizes pra contar e lá, ensinamos no bom português a palavra SAUDADE, integrada ao vocabulário poitevin, repetida pelos capixabas.
Não dá pra esquecer daqueles que acreditaram que o projeto seria possível. Então, muito obrigado aos realizadores, Quorum e PATAKAPARA!, que enfrentaram cada um seus desafios e cumpriram suas promessas, obrigado aos apoiadores franceses Prefeitura de Celles sur Belle, Região de Deux Sèvres e Poitou Charentes, Reves Marines, Intermarché e Café Lyon D´or e os brasileiros, Secretaria de Cultura do Estado do ES, Secretaria de Comunicação de Vitória, Rádio Espírito Santo, IMA e Alternativa1. Merci, merci a todos os artistas, técnicos, voluntários e produtores que lutaram para que esse sonho fosse possível e é.
Um brinde a todos. Santé!

CLIP MACACO

O Festival L´Espirito Poitou em sua segunda edição, realizado no Brasil pelo Instituto Quorum e na França pela Associação PATAKAPARA! mais uma vez mostou a sua importância para o cenário artístico e cultural capixaba.
O artista Gustavo Macaco, convidou parte do grupo do projeto e em parceria com Bento Abreu, produziu o vídeo clip da música Caos do Equilíbrio que conta também com a participação do ex Solana Dante Ixo.

O cenário de Celles sur Belle, a poesia de Caê Guimarães recitada pelo cineasta Ricardo Sá, a irreverência e o talento de Reginaldo Secundo e a trupe presente na gravação foram fundamentais - associados ao talento de Gustavo Macaco para o resultado final do clip que já está na rede...e foi lançado no último dia do evento para todos na praça principal da cidade: um sucesso!

O projeto do festival tem também como objetivo gerar resultados como esse: interatividade e novas idéias em circulação: vai aí para o deleite de todos o link

http://www.youtube.com/watch?v=f5UvTfeLbxU

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

ENTREVISTA LOCAL - FR

http://www.radiod4b.asso.fr/media/squelettes/streaming.php

noticias...

17, de agosto...20 de Agosto

Todos chegaram!

Caê teve que passar pela imigração pelo melange, como se diz por aqui, da pele bronzeada do Moreno. No mais, uma hora depois de convencimento e burocracia...voilà...a França o acolheu sem mais problemas.

Aline Yasmin e Caê ficaram em Paris onde divulgaram o festival por todos os offices importantes de turismo da cidade: Aeroporto Charles de Gaulle, Place de La Republique, Gare Du Nord, Est, ...foram 40 quilos de folders espalhados pela cidade, arrastados metro afora pela superfície e subterrâneo da cidade. Isso não garante publico, mas garante divulgação e divulgação garante perspectiva, segundo a produtora, essa é a lógica.

Seguiram de carro para Celles pelo Vale do Loire, a região dos castelos da vizinhança. Pararam em Chartres, choraram na catedral emocionados com a arquitetura e a arte, foram para os cafés e castelo de Amboise, Bois, se perderam em Tours felizes da vida, pararam em Poitier – capital da região de Poitou, onde visitaram a universidade e o oficce de turismo, depois tudo em Niort, a cidade mais próxima e enfim, Alex Lima e o videomaker Henrique os pegaram para Celles sur Belle que fica a 20 minutos que tinha acabado de chegar da Alemanha onde fez um show, com Vaguinho e Sush (Xuxinha para os franceses).

Rogerinho Borges saiu de Vitória no dia 13 e foi para Paris em uma missão cultural em nome da Rádio Universitária e aproveitou para ajudar na divulgação do evento, deu algumas entrevistas para a Rádio France com Annie Cicateli, distribuiu CDs de músicos capixabas e falou também do seu novo trabalho. Nesse tempo fez as chamadas para a Rádio Universitária, atualizando a galera com os últimos acontecimentos. Dá-lhe ES com a cultura se espalhando nas melhores esquinas do mundo.

Chegaram em Celles, dia 17, Marcela Lobbo, Solana: Juliano, Murilo, Bento e Rodolfo, Macaco e a trupe com Marcinho, Myakawa e Caio, com os Taruiras Mutantes, Reginaldo Secundo, Federico Nicolai e Victor Lofego, da Inversão Brasileira, Thiago Bossois, Shimu, Rafael Ciclope e Jack...Um festa no avião, dá pra imaginar? Isso depois de alguns momentos de tensão quando o comissário pediu que todos tivessem compreensão (no Galeão), que o vôo se atrasaria para a troca de uma peça que chegaria de Sampa. Aliás, diga de passagem, probleminha similar ao outro – aquele que caiu...Seriam 3 horas de espera e uma eternidade de angústia – pós Air Bus 447 – Rio x Paris. Tudo certo...

Pouco tempo depois de sanada a problemática, levanta vôo com os olhos mareados de tensão fixados no horizonte, sobressaltados em cada turbulência, ça marche!

Já pensou se isso cai? Credo, três soquinhos na madeira. A galera ia fazer falta, isso ia...isola!

Chegaram em Celles, por volta de meia noite. Todos a espera do arco-iris, no mais, restou a historinha dos três porquinhos, mas isso é outra história!

Avant Première


O dia começou com uma entrevista na rádio local D4B - Caê falou dos poemas e de literatura francesa, Juliano da inspiração de seu trabalho a partir de Victor Hugo e Rimbauld, Macaco ou Gustavo le singe et les chevaux...ou o Macaco e os cavalos...com a tradução de Edu Louzada.


O festival começa dia 20, mas antes rolou uma Jam pra ninguém botar defeito.

No hotel Viex Logis onde todos estão hospedados até o dia 21 – aliás, um pequeno chateux, abrimos o festival com a presença do prefeito, autoridades em geral e comerciantes, além dos convidados da cidade.

Marcela Lobbo arrasou de cara e interagiu com a galera local – Fifi no Sax, Jeremi no teclado, além da companhia perfeita de Rodolfo do Solana que acompanhou na guitarra, do Alex Lima nos efeitos, com um som super brazuca improviso franco Brasil. Lindo!

Macaco, Marcinho, Xuxinha, Murilo, uma pala do Shimu...e Juliano com os solana, com uma amostra do que vai rolar..Alex, o anfitrião, fechou. Oxalá!

Todos felizes, integrados e biquinho francês pra tudo que era lado numa tentativa honrosa de interagir pra cá e um português pra lá de forçado pra lá...apesar de muitos já conhecerem os primeiros passos da língua portuguesa. Tudo válido, sem constrangimento...tudo pela arte. Voilà!






segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Bastidores


Ricardo Sá na leitura dos poemas da peça



Ricardo Sá, Chaudanne e Caê - gravações da peça



Federico Nicolai e a leitura do texto


Mãos de Chaudanne - tradução da peça 1555, Brésil. Un Pays Imaginaire


Aline Yasmin, gravando o áudio dos poemas do Caê


Reunião finalmentes: Rogerinho Borges e Marcela Lobbo


Reunião geral: Gustavo Macaco, Murilo Abreu, Aline Yasmin, Rogerinho Borges, Reginaldo Secundo e Marcela Lobbo.


Caê Guimarães e a caravela de Villegagnon


Reginaldo Secundo lendo o texto do teatro.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Poesia

Caê Guimarães nasceu no Rio de Janeiro e cresceu no Espirito Santo. Viveu por temporadas em Ouro Preto e Belo Horizonte. É poeta, cronista, escritor e jornalista. Desde o final dos anos 80 desenvolve uma pesquisa com a linguagem em verso e prosa. Publicou Quando o Dia Nasce Sujo (poesia - Massao Ohno Editor,1997), O Entalhe Final (conto, Massao Ohno Editor, 1999) e Quando o Dia Nasce Sujo (Poesia, Secult, 2006), além de poesias e contos em jornais literários e revistas do Espírito Santo e de Minas Gerais.
Guimarães está escrevendo o romance Águas Rubras, baseado em uma extensa pesquisa sobre a conquista do México e a derrocada da civilização asteca pelos espanhóis comandados por Hernan Cortez.
Sobre as Intervenções poéticas no L´Espirito Poitou

A TEMPESTADE é um trabalho conceitual desenvolvido em parceria com o produtor gráfico Marco Viana e o sound design Leo Grijo.
Nele, 11 poemas traduzidos por Jô Drumond e Gilbert Chaudanne serão instalados na cidade de Celles sur Belle em seis painéis que revisam a tradição do poema-cartaz dos futuristas russos.
Complementando a proposta, os mesmos poemas foram lidos em português pelo próprio autor e também em francês pela poeta e dramaturga e produtora do festival, Aline Yasmin, por Chaudanne e o cineasta Ricardo Sá. Editados com as bases sonoras criadas por Leo Grijó os poemas tocarão durante o Festival L`Espirito Poitou nos intervalos dos shows musicais e na radio local ao longo da programação.
A gravação dos áudios foi produzida nos estúdios da Rádio Espírito Santo por Rogerinho Borges, músico e jornalista que também estará no festival e fará a cobertura da Radio Universitária, onde os poemas também serão executados.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Capixabas na França no ano da França no Brasil

Um grupo de 30 artistas, técnicos e produtores do Espírito Santo embarca para a França para a segunda edição do festival de cultura e arte L’Espirito Poitou, na cidade de Celles sur Belle, entre os dias 20 e 23 de agosto. A cidade é patrimônio da humanidade tombado pela UNESCO e fica a 500 quilômetros de Paris. Música, teatro, cinema e poesia estão na bagagem da trupe.

A maioria sai do Brasil, mas já estão em tournê na Europa, Alexandre Lima e banda, Nativix e o produtor Edu Louzada.
O festival é de iniciativa e organizado pelo Instituto Quorum, do Espírito Santo (BR), e Associação Patakapara!, da França. A cidade de Celles sur Belle fica na região de Poitou Charentes, notória por sediar inúmeros festivais artísticos no verão europeu.

A primeira versão aconteceu em 2008 e celebrou uma parceria que já existe há cerca de cinco anos na região com bandas capixabas que fizeram da cidade de Celles a residência oficial na Europa, depois de um inusitado encontro em terras capixabas com o francês Antoine Violette. Esse, fundador da associação PATAKAPARA! apaixonou-se pela batida do congo que conheceu no Espírito Santo e hoje dedica-se a disseminar a cultura capixaba. Em 2006 com o apoio da presidente de Poitou Charentes, Ségolène Royal, a banda capixaba Mahnimal percorreu a região para fazer um intercâmbio cultural, que resultou numa aproximação definitiva entre os franceses e os capixabas e a consolidação do interesse em realizar o Festival L´Espirito Poitou.

Desde sua primeira versão em 2008, a diversidade é um dos pontos altos do L’Espirito Poitou. Artistas brasileiros e franceses se revezam em quatro dias de arte e cultura para um público de aproximadamente 20 mil pessoas. A abertura ficará por conta da MPB e do Pop de Jura Fernandes, ex - Casaca e atualmente radicado na França. Em seguida, Alexandre Lima, Gustavo Macaco e Juliano Gauche, do Solana, fazem um concerto de pop rock mostrando a força da composição capixaba contemporânea. No mesmo dia, Veruska Almeida e Ricardo Sá abrem a mostra de filmes do evento com Entretanto e O saber dos índios Guarani. Marcela Lobbo, em parceria com Rodolfo Simor, do Solana, fecha a primeira noite.

A mesma Marcela ataca de DJ no início dos trabalhos no segundo dia do festival. A Cia. Teatral Taruíras Mutantes, com Reginaldo Secundo e Federico Nicolai em seguida faz uma prévia de 1555: Brasil, um pais imaginário, texto de Aline Yasmin e Caê Guimarães e tradução de Gilbert Chadanne. Na mesma noite, no cenário medieval da Abadia Real, a primeira atração francesa sobe ao palco com o reggae do ZAMBROCAL. O cinema volta com os estudantes das escolas públicas de Vitória e o Instituto Marlin Azul com as animações Ele, Mestre Vitalino e Albertinho. O som eletrônico do Nativix e o hip hop do In-Versão Brasileira fecham a noite.

A noite de sábado começa com a performance teatral e um percurso lúdico na cidade de Celles, pela francesa Vanessa Karton com a personagem Zoé e daí pega o rumo da MPB com Rogerinho Borges e do pop rock de Alexandre Lima e Rádio Experienza. Os vídeos voltam em seguida com Manada, de Luiza Lubiana, Agrados para Cloê, de Jefinho Pinheiro e O Ciclo da Paixão de Luiz Tadeu Teixeira. Fechando a programação do penúltimo dia a encenação completa de 1555: Brasil, um pais imaginário e o rock do Solana.

No domingo o festival sera encerrado com Vanessa Karton, o som eletrônico de L´Orangé, Jura Fernandes, os filmes A Sorte de ter a Bússola sem Norte (Gustavo Macaco) de Fred Entringer, O preparo da Moqueca Capixaba, de Ricardo Sá e Quem sabe – Projeto social do Circuito Cultural de Vitória. Gustavo Macaco e uma Jam session reunindo todos os artistas que participaram do festival e o francês DJ Cottron.

Ao longo da programação o poeta e escritor Caê Guimarães fará uma intervenção na cidade com 22 painéis e áudio de 11 poemas seus em francês, com tradução de Gilbert Chaudanne sound design de Leo Grijó, e a artista plástica francesa Monique Pineau Bernard fará uma instalação na cidade.

L’Espirito Poitou 2009 pretende promover o intercâmbio entre as culturas francesa e brasileira, especificamente a poitevin e a capixaba, por meio da promoção de espetáculos de diversas manifestações artísticas e culturais.

O evento conta com o apoio na França da Prefeitura de Celles sur Belle, da região de Deux Sévres, de Poitou Charentes e da Abadia Real de Celles sur Belle (patrimônio histórico e cultural da Unesco).

No Brasil, conta com o apoio da Rádio Universitária, da Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Vitória e do IMA. Os artistas viajam com o apoio do Governo do Estado do Espírito Santo - Secretaria Estadual de Cultura.
VEJA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA NESTE BLOG EM POSTAGEM ANTERIOR.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Teatro

1555. Brasil, um país imaginário


Roteiro: Aline Yasmin e Caê Guimarães

Elenco: Reginaldo Secundo - Cia Taruíras Mutantes

Participação especial: Gilbert Chaudanne

Voz: Ricardo Sá e Gilberto Chaudanne

Direção: coletiva

Sinopse: 1555: Brasil, um país imaginário. Esse é o título de uma alegoria sobre a tentativa do almirante francês Nicolau Durant Villeganon construir a França Antarctica no Brasil Colonial. Villegagnon fundou a cidade de Henriville, sobre cujas ruínas foi construída a cidade do Rio de Janeiro.


Durante 11 anos os franceses permaneceram no Brasil e tornaram-se aliados da Confederação dos Tamoyos, grupo que reunia índios de diversas etnias, numa convivência pacífica. Ele tornou-se amigo dos grandes guerreiros Cunhambebe e Aimberê.


Villegagnon não viu seu sonho de uma nova civilização ser realizado, embora os conceitos empenhados continuem universais e extremamente atuais.


A peça apresenta de forma poética por meio de recursos cênicos e áudiovisuais e linguagem contemporânea que mistura teatro de rua, dança e vídeo, os dilemas e sonhos de homens que coexistiram com diferenças culturais e religiosas numa terra de natureza exuberante e selvagem, que arrebatou índios, franceses e portugueses em torno da tentativa de construir um novo mundo, uma nova nação. Um país imaginário.




A peça foi pensada com prioridade para estrear em solo francês, mas já conta com algumas possibilidades de encenação para a comemoração do ano França-Brasil.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

MÚSICA BRASIL

ALEXANDRE LIMA
Alexandre Lima é daquele tipo de artista que transcende os rótulos inerentes, ligados de modo íntimo, a tudo aquilo que é novo. Gosta do que não é possível prever. Depois de lançar três discos, um DVD, fazer história no mercado fonográfico do Espírito Santo e rodar o globo tocando nos principais festivais de música com a banda Mahnimal - da qual é fundador e principal compositor, Alexandre Lima repensou a carreira e decidiu se enveredar por outros rumos. Foi então que deu liga a sensações antes dispersas e iniciou os trabalhos deste álbum de estréia, batizado de “Alexandre Lima e Rádio Experienza”. No intervalo entre as turnês européias, fez de seu estúdio em Vitória, cidade onde vive, um laboratório de experimentos sonoros onde fundiu estilos e abusou da simplicidade de produção oferecida pelos dias de hoje. Contemporâneo como nunca, deu cria a um conjunto de tracks instigantes a partir de uma sala low-tech enfumaçada, uma placa de som barata, muita inspiração e dedicação incondicional dos amigos. O resultado, alcançado agora em 2008, é uma profusão de sons onde reggae, e-music, rock, psicodelia e MPB convergem dentro de um imprevisível cérebro eletrônico. Capturando convidados com seu laptop nas andanças pelo mundo, Alexandre - que produziu o disco de forma independente, reuniu um time de artistas irretocáveis, ícones da música brasileira, em participações que atestam o alcance de sua obra. Dado Villa Lobos, mítico guitarrista da banda Legião Urbana, fica lado a lado com o cantor e compositor Zé Geraldo na faixa “Ouro Negro”, enquanto o soulman Cláudio Zoli solta a voz em “Sunshine”, composição de Alexandre com o irmão, Amaro Lima. O álbum traz ainda parcerias com o DJ Alex Zeela, “Os Deuses do Capitalismo”; Cedric Rajo, músico francês, na faixa “A Fortaleza”; Anderson Bacana, co-autor de “Deixa Passar”; Gustavo Brasília, vocalista da banda Kanabaus e Fabrício Beat Box em “Ragga Rádio”; além de Edu Henning, que abre o disco anunciando a FM imaginária e possível de Alexandre Lima. Um dial prensado, que poderia vir de qualquer lugar do planeta. Original como poucos, esse álbum de poética ligeira revela um compositor insólito, vivaz, de verve incandescente e olhar afinado, capaz de traduzir com destreza as desventuras, dores e amores dos tempos modernos. Alexandre Lima está atento, renovado, estabelecendo conexões com o mundo a sua volta. Dos dias decorridos, findos, quer apenas a memória. Porque agora, o que interessa e alimenta, é o futuro.

IN-VERSÃO BRASILEIRA

A cultura Hip-Hop tem no IN-VERSÃO BRASILEIRA um de seus mais dignos representantes. Os rappers Marcelo Shimu e Ciclope, mais o DJ Jack, produzem rap de primeira qualidade, com letras marcantes e batidas atuais. Shimu e Jack fizeram parte do grupo Irmandade S/A, que agitou o cenário musical capixaba, ao ganhar o concurso Novos Talentos da edição 2003 do Vitória Music Festival, concorrendo com artistas de todo o Espírito Santo. Eles se juntaram ao rapper Ciclope e hoje formam a linha de frente do rap capixaba, participando dos principais eventos locais. A banda, original de Vila Velha, é formada por Marcelo Shimu (vocal e produção), Rafael Ciclop (vocal) e DJ Jack e tem se destacado no cenário musical capixaba como a grande promessa do rap local e também de nível nacional para este ano. Eles lançaram oficialmente seu primeiro disco, o EP “Fé, Luta e Diversão” em apresentação ao vivo no Hutúz Rap Festival, num show (último dia 22/11/2007) realizado no palco montado nos Arcos da Lapa (Rio de Janeiro) e que fez parte da programação oficial do Circo Hutúz 2007, considerado o maior evento de hip-hop da América Latina.

A partir de então, o grupo vem conquistando amplo destaque com sua música e também com seu primeiro disco, que se trata do primeiro lançamento em formato SMD do rap nacional, de custo de produção final reduzido e vendido a preço popular (R$ 5,00, com este valor impresso na capa, para evitar que seja vendido mais caro).
SOLANA
Depois de um ano do lançamento do “FELIZ, FELIZ”, disco marcado pelo jazz, rock e literatura, o Solana lançou o seu novo show, “VENEZA”. Mantendo a mesma natureza do último disco, “VENEZA” possui canções simples e arranjos naturais.O show é composto das canções do último disco da banda - “FELIZ, FELIZ” e mais 11 novas canções compostas pela banda que serão gravadas futuramente em um álbum também chamado“VENEZA”. A banda abre mão de fazer versões de outros compositores para se concentrar em seu repertório, destacando o aspecto teatral que já é marca nos shows do Solana.
“VENEZA" dá prosseguimento ao trabalho bem conceituado feito pela banda desde 2002, concebido para oferecer uma série de produtos culturais que surpreendam pela qualidade técnica e artística e que represente o Espírito Santo em outros estados e mesmo fora do país. Com cenografia minimalista e iluminação teatral, o show traduz toda a atmosfera do novo show da banda. De forma geral, as músicas apresentam uma influência maior do jazz, mas sem abrir mão da força do rock, já característico no som do grupo. O Solana é formado por Rodolfo Simor (guitarras), Juliano Gauche (voz e guitarra), Bento Abreu (bateria) e Murilo Abreu (contrabaixo.
email: contatosolana@gmail.com
GUSTAVO MACACO
"Macaco, Chiquinho e o Cavalo" é o título do primeiro álbum do cantor e compositor Gustavo Macaco. Inspirado numa sonoridade Folk Blues Experimental, o conceito desse disco destila letras que abordam a relação do ser humano com sua existência. Seja a solidão, a busca pelo auto conhecimento ou a perda, o que vale é a transformação. "É preciso ser vencido" para dar o próximo passo. Um conto que narra o dispreendimento do passado e sua transmutação em uma nova ordem. Com a produção musical de Juliano Gauche, e a participação de artistas como Fê Paschoal e os Expurgadores, Baia, Dante Ixo, Mozine, Dani Moraes, Alexandre Lima, Silmar Saraiva, Ricardo Mendes, Marcel Dadalto, Otávio Ribeiro, Fabrício Miyakawa, Marcinho Tchavi, Caio Nunes, Eliomar Viturino, Thiago Ferrari e Fred Entringer, essas 9 canções retratam o que vem sendo produzido num cantinho escondido da galáxia. Gustavo Macaco já realizou projetos como a banda de rock Símios(3 Cds lançados), Bloco Bleque, a banda Superfantástica (projeto de música infantil), o Xamã do Raul e o Amigos do Rei. Também é colunista mensal do site www.iu.art.br com "Arte, Ego e outras Delícias..."
JURA FERNANDES
Músico mult-instrumentista,cantor e compositor.Atuação como Produção e Musico nos CDs :
Escombros - Banda Ultima FormaSamba Vila Velha – Banda CicatrizesNa Casaca No Tambor e Na Guitarra – Banda CasacaCasaca – Banda CasacaIlha - Banda CasacaNa Estrada – Banda CasacaCanção de Ninar – Banda TamborESGuitarra Canta Congo – Jura FernandesMachiavel AoVivo no Ilhacústico – Jura Fernandes e Banda Machiavel

Algumas Composições:
MarinaLeva um PicoléCamaradaCongo ReggaeVida de SalárioFlores AzuisAgradecimentoCanção de NinarPassos na AreiaSonhosVento Sul

Programas de TV: Serginho Groisma,Adriane Galisteu, MTV, ETC.Hoje ele é um compositor exclusivo da Editora SonyMusic. Jura Fernandes hoje é um dos grandes instrumentistas nacionais.
MARCELA LOBBO
From the city of Além Paraíba in Minas Gerais, Marcela Lobbo began her career as a cover singer in Vitória Espírito Santo in 1987, thereafter transferring to Juiz de Fora, Minas Gerais, in 1995. In Juiz de Fora, she participated in the CANTAMINAS Festival, in '95 and '96, covering songs by local composer Luizinho Lopes - "Telegrama" and "Dieta para Engordar Almas". In those two years, she qualified for the final in Belo Horizonte, which resulted in the songs' inclusion in CD's produced by Som Livre and Rede Globo of Minas Gerais. Beyond that, she received the 1996 Vanguard award, from the Juiz de Fora regional daily newspaper, in the "Best Cover Singer" category. With resources provided by the Vitória, Espírito Santo Rubem Braga Law and sponsorship from the Vale do Rio Doce Mining Conglomerate, Marcela Lobbo produced his first CD: "Dossiê", where she covers songs by singers from the states of Espírito Santo, Minas Gerais, as well as established names in Brazilian popular music, such as Chico Buarque, Fátima Guedes, Carlinhos Vergueiro and Paulo Cesar Feital. With this effort she received positive criticism from such esteemed figures in popular music as Cida Moreira, Cassia Eller, Sueli Costa, Ricardo Cravo Albin, Jane Duboc and Murilo Antunes. In the year 2000, Marcela Lobbo received the "Guananira" award, in the category of best singer given out by the State Government of Espirito Santo. Also during this time, she opened for Luiz Melodia, João Bosco and Zelia Duncan. In August of 2001, she was called upon by singer Ana Carolina to participate in her concert in Vitória, ES, where she covered "Corsário" by João Bosco. In September of the same year she participated in the concert "450 Years of Vitoria," with such illustrious guests as Paulinho da Viola, Ed Motta, Zé Renato (of Boca Livre), Ney Lopes, João Bosco and Elton Medeiros. She released the CD "Sertão dos Miragens", in conjunction with composer Luizinho Lopes, with release events in Juiz de Fora, Belo Horizonte and Rio de Janeiro. Both her cds now have reached the 3,500 copies-sold mark. She was in Portugal and Germany accompanied by pianist Rita Geaquinto, performing a concert "Samba and its history." In 2005 her third CD is launched, entitles "Dedos", produced by Alexandre Lima, guitarist and founder of the band Mahnimal. In this piece Marcela shows her pop side, with modern arrangements and clips of electronic music. In August of 2007, she held a show "An Homage to Elis Regina" in the Carlos Gomes Theater, with the participation of Luis Carlos Miele, which gained great acclaim from the public and critics. She participated in the Maria Maria project, of the State Government of Espírito Santo. She developed her skills as a DJ, playing in events and bars, where she affectionately embraces the Lounge Music style and the like. At present she is in search of an Artistic Producer to promote her work outside of Espírito Santo.
NATIVIX
Já foi falado inúmeras vezes que os efeitos da evolução digital sobre a indústria fonográfica são inevitáveis, e o disco de estréia da banda Nativix – formado por Fabricio (voz, flauta e percussão) e Andrea (DJ, guitarra e backing vocal) – é mais uma demonstração das possibilidades que há dentro desse novo contexto. O trabalho, que mistura trance, eletro-house, sons de raízes do Maranhão, congo e levadas indígenas, também está disponível na íntegra para download gratuito no site www.nativix.net. Desterritorializado por conta da rede – e conectado a pessoas de vários cantos do mundo –, a banda compôs e gravou o disco em diferentes cidades, fazendo captações mais quentes em um home estúdio móvel, usando o som ambiente, com um clima meio ao vivo. Com isso, os recursos utilizados no álbum não ficaram limitados aos convencionais. Além de violões e samples, os músicos incluíram elementos que têm a ver com a miscigenação étnica encontrada no Brasil. Ouvem-se chocalhos, tambor de congo, didgeriddo, flautas, agogôs entre outros. O interesse pelo eletrônico começou a aparecer em meados de 2003. Desde então, a banda experimentou sonoridades e participou de eventos importantes do estilo, como a festa Universo Paralello, Earthdance e Tranceformation. Musicalmente, há uma pesquisa, ao misturar elementos conhecidos do eletrônico, com levadas do congo ou batidas indígenas (a música "Indígenax" traz a participação de um pajé indígena de Aracruz, e "Amanheceu" tem levada de congo) e conceitos como o "amor universal" e e o respeito à Natureza. Nascida de bandas roqueiras que participaram ativamente do cenário hardcore do Brasil nos anos 90 (o Fabricio foi vocalista do Gritos, e Andrea tocou no Belly Button), o Nativix reorganiza suas referências e passeia por estilos completamente distintos, sendo uma promessa no cenário musical brasileiro e mundial.
ROGERINHO BORGES
Rogerinho Borges é compositor e tem se apresentado ao lado de grandes nomes da música popular brasileira. Seu CD “Mistério Azul” gravado no Rio de Janeiro e Belo Horizonte tem produção e arranjos do renomado guitarrista mineiro Toninho Horta e de Cláudio Faria, com participações especiais de Paulo Moura, Nivaldo Ornelas, Juarez Moreira, Neném, Alexandre Lopes, Renato Rocha, e Kiko Mitre. Tem parcerias musicais com Heitor TP (ex Simple Red), Jorge Sales, Fabio Flôres, Zé Antônio, e as poetisas paulistas Valéria Tarelho e Eliane Guaraldo. Na cena musical capixaba além de músico é produtor e apresentador do programa Espírito Capixaba, na Rádio Universitária FM 104.7, que divulga a cultura do Espírito Santo.

PROGRAMAÇÃO DE FILMES




Neste ano teremos, sob a organização do realizador Ricardo Sá, a exibição dos seguintes filmes:

Agrados para Cloê

SINOPSE
Cloê (Janine Corrêa) vive aprisionada pelos ponteiros dos relógios de Domênico (Celsão Rodrigues). Rubens (Leonardo Patrocínio) faz uma promessa para a Santa: entregar os “agrados” para a prometida do tio Afonso (Francisco Solano). Entre a espera de um casamento e o alcance da promessa, a natureza anuncia os seus pequenos milagres através das “formigas bordadeiras”. Com uma narrativa poética, belas paisagens e uma abordagem lúdica, o filme fala de fé e do tempo.


FICHA TÉCNICA
Formato: HDV
Ano de Produção: 2009
Duração (min): 21 minutos - Colorido
Cidade/Estado: Serra / Espírito Santo
Gênero: Ficção.
Empresa Produtora: Instituto Marlin Azul e Galpão Produções
Empresa Co-produtora: Mirabólica
Direção e roteiro: Jefinho Pinheiro
Direção de Fotografia: Patrick Tristão
Direção de Arte: Raquel Baelles
Figurino: Paula Ferreira
Som Direto: Constatino Buteri
Montagem: Gabriele Stein e Jefinho Pinheiro
Trilha Sonora: Humberto Ribeiro e Marcel Dadalto
Montagem: Gabriele Stein e Jefinho Pinheiro
Direção de Produção: Alice Moura e Simone Alvim
Produção Executiva: Beatriz Lindenberg e Lucia Caus


ELENCO
Leonardo Patrocínio
Francisco Solano
Janine Correa
Celsão Rodrigues
Wederson Fernandes
Lillian Menenguci
Tama Van Den Berghe
Filmografia: Tipitunga, Dores e Odores, P.S: Pecados Castigados e Azulzinho.


Manada
12 min - 2004 - Luiza Lubiana
Sinopse: Apresenta a história de uma mulher desmemoriada de Itaúnas que descobre seu amor de um modo diferente.

Sabedoria Guarani
15 min - 2009 - Ricardo Sá
Sinopse: Documentário realizado em Aracruz nas aldeias e mostra a rotina e os rituais dos índios Guaranis

Todavia, Contudo, Entretanto, Embora,
07 min - de Veruska Almeida
Sinopse: Com o roteiro criado a partir da edição, o vídeo cria um elo entre texto, imagem e som e suas possibilidades interativas. A câmera é subjetiva, situa-se no ambiente como um flaneur, mostrando suas impressões diante das situações que vivencia. O vídeo possui quatro atos, onde em cada um deles indica uma visão particular do flâneur em relação ao meio urbano. Esses atos se entrelaçam pelos advérbios usados, todos com um mesmo significado lingüístico, porém que permitem, nesse caso, o jogo de palavras que os compõem. Montado em círculo, seu início conclui essa experiência caótica. A inserção de pessoas é mera conseqüência da situação, onde a figura central é a urbe. A variação de janelas e a velocidade do tempo mostram seus múltiplos olhares e o distanciamento da realidade, criando a sua própria.

Projeto social “Animação" realizado pelos estudantes das escolas públicas de Vitória pelo Instituto Marlim Azul:

Ele
12' - CURTA 35mm - 2007
COR, ES

Sinopse: Ele é o cara.

Produção: Instituto Marlin Azul/Projeto Animação Direção, Roteiro, Animação, Direção de Arte: Alunos da Rede Municipal de Ensino de Vitória Orientação de Roteiro: Luelane Corrêa Orientação de Animação: Rosaria Coordenação das oficinas: Yvana Belchior Monitores das oficinas: Alunos do Núcleo Animazul: Ariane Piñeiro, Marinéia Anatório, Renê Schutz Narração: Alunos do Núcleo Animazul Composição e Arranjos: Vale Música: Academia de Ensino/Grupo Parafolclórico Banda de Congo Mirim da Ilha Edição, Finalização: Rosaria, Érica Valle Gravação, Edição de Som, Mixagem: Estúdio Nova Arte/Kiko Miranda Pós-produção: Karen Akerman Direção de Produção: Lucia Caus Delbone Direção Executiva: Beatriz Lindenberg.

Albertinho

Curta 35mm – 12 minutos – Cor – 2006 – desenho em papel, massinha, recorte

Sinopse: A história de um menino que sonha em voar. Homenagem a Alberto Santos Dumont e ao centenário do vôo do 14Bis.

Ficha técnica
Roteiro, direção, desenhos, animação – 150 alunos da rede pública municipal de Vitória
Produção – Instituto Marlin Azul/Projeto Animação
Direção executiva: Beatriz Lindenberg
Direção de produção - Lucia Caus Delbone
Vozes: Núcleo Animazul
Direção de arte - Os alunos
Orientação de roteiro: Eduardo Valente
Orientação de animação: Ana Rita Nemer, Rosaria e Marinéia Anatório
Trilha sonora original: Projeto Vale Música – Orquestra Jovem Academia de Ensino e Banda de Congo Mirim da Ilha
Som – Kiko Miranda
Edição – Alessandro Monnerat e Rosaria
Pós-produção: Karen Ackerman

Mestre Vitalino e Nós no barro
Animação, 35 mm, 2008
12 minutos

Sinopse: Uma homenagem ao Mestre do barro.

Produção: Instituto Marlin Azul / Projeto Animação
Direção, Roteiro e Animações: Alunos da Rede Municipal de Vitória.
Orientação de Roteiro: Luelane Corrêa
Orientação de Oficinas: Yvana Belchior
Narração: Alunos do Núcleo Animazul
Trilha Sonora: Orquestra Jovem da Academia de Ensino e Banda de Congo Mirim da Ilha
Edição e Finalização: Rosária e Érica Valle
Edição de Som e Mixagem: Kiko Miranda
Direção de Produção: Lucia Caus Delbone
Produção Executiva: Beatriz Lindenberg

O Ciclo da Paixão
Ano 2000
Duração 13 min
Cor Colorido - 35mm

Gênero Ficção
Diretor Luiz Tadeu Teixeira
Elenco Andreza Céglias, Federico Nicola, Markos Konka

Sinopse: Uma história de amor em quatro estações (o encontro, a descoberta, a entrega, o desencontro), conduzida por um "caçador de imagens". Ele vagueia pela cidade, enquanto a madrugada o atravesssa.

Ficha Técnica: Produção Lucia Caus/ Fotografia Ramon Alvarado /Roteiro Luiz Tadeu Teixeira /Edição Vera Freire/ Som Direto Eduardo La Cava /Direção de Arte Orlando Rosa de Farya/Trilha original Jaceguay Lins, Ailton Paulo/Textos poéticos de Caê Guimarães e Viviane Mosé

O preparo da Moqueca Capixaba par Ricardo Sá
07 min - 2008 - Ricardo Sá
Sinopse: Documentário sobre o preparo de uma autêntica moqueca capixaba.

A Sorte de ter a Bússola sem Norte
08 min, Fred Entringer

Sinopse: Cineclipe da música "A Sorte da Bússola Sem Norte", de Gustavo Macaco, gravado inteiramente com um aparelho de telefone celular Nokia N95 8Gb, nas dunas de Itaúnas, Conceição da Barra (ES), em abril de 2009.Direção, Câmera, Edição e Roteiro: Fred EntringerProdução: Lila TavaresFigurino: Kessy BorgesImagens de Apoio: Thiago FerrariAlimentação: Luara Fraga e Barbara CavalcanteElenco: Gustavo Macaco, Kessy Borges, Eliomar Viturino, Caio Nunes, Fabrício Miyakawa, Marco Ortiz, Márcio Xavier

Quem sabe – Projeto social do Circuito Cultural de Vitória
07 min, alunos da oficina do circuito cultural da Prefeitura de Vitória

Sinopse: Documentários com crianças carentes da cidade de Vitória.


assista um pouco do que vai passar no Festival:
http://www.youtube.com/watch?v=laF2D3QyAFQ

http://veruskaalmeida.multiply.com/video/item/3/Todavia_Contudo_Entretanto_Embora